A movimentação de cargas envolve uma série de riscos que o gestor de frota deve considerar e gerenciar corretamente. O deslocamento da carga se dá conforme um roteiro definido e através de um veículo específico — no caso em questão, em caminhões de diferentes tipos.

Vamos considerar abaixo alguns desses riscos, a fim de que o gestor fique alerta e saiba como prevenir-se.

O que diz a legislação?

A norma regulamentadora nº 11 do Ministério do Trabalho e Emprego define os requisitos mínimos e obrigatórios de segurança que devem ser observados no transporte de cargas. Essa norma trata de Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.

A norma regulamentadora nº 12, por sua vez, trata de Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos enquanto a norma regulamentadora  nº 17 trata de Ergonomia.

A ABNT também define normas técnicas sobre movimentação de cargas: NBR 13545 (manilhas) e muitas outras. Para conferir todas, entre no site da ABNT.

Quais são os fatores de risco?

Os fatores principais que envolvem riscos durante o transporte de carga são:

  • Imperícia (falta de habilidade ou destreza);
  • Imprudência (ação temerária ou inconveniente);
  • Negligência (descuido, displicência).

A imperícia está relacionada à falta de qualificação do trabalhador para executar a atividade, o que aumenta a possibilidade de acidentes. Já a imprudência é resultado da afobação ou se traduz através de uma ação ousada demais. A negligência, por sua vez, responde por quase 50% dos acidentes e é representada principalmente pela desatenção para com o serviço que se realiza.

E os acessórios e equipamentos?

Para minimizar os riscos na movimentação de cargas, é preciso usar os equipamentos adequados, como:

  • Guindaste;
  • Empilhadeira;
  • Guincho;
  • Talhas;
  • Caminhão Munck;
  • Elevador de carga;
  • Ascensores.

Entre os acessórios, podem-se citar:

  • Ganchos;
  • Cabos de aço;
  • Esticadores;
  • Correntes;
  • Eslinga;
  • Moitão;
  • Manilhas;
  • Cintas;
  • Roldanas;
  • Soquete;
  • Grampo para cabos.

Quais são os fatos potencializadores dos riscos?

A imperícia, a imprudência e a negligência geram riscos que podem aumentar a quantidade de acidentes ou incidentes devido a outros fatos potencializadores como:

  • Prazo para a entrega (se a necessidade de entregar é imediata, isso pode levar à negligência ou imprudência na hora de organizar e conduzir a carga);

•   Características do produto (se é frágil ou não);

  • Cargas especiais quanto ao peso/dimensões;
  • Capacidade de suportar o peso da mercadoria, relacionado com o peso do veículo;
  • Locais de embarque/desembarque;
  • Locais de difícil acesso para o carregamento/descarregamento;
  • Necessidade de equipamentos especiais para descarregar os materiais;
  • Recursos para proteger a carga (ainda que temporariamente);
  • Custos relacionados com o transporte;
  • Meios de transporte disponíveis;
  • Necessidade de embalagens especiais;
  • Possibilidade de transporte a granel ou fracionado.

Deve-se considerar que, sendo maiores as necessidades de manuseio do produto, maiores serão os riscos a que ele estará sujeito.

Quais são as características físicas das cargas a transladar?

As cargas que serão transportadas possuem características físicas que devem ser consideradas quando se faz o gerenciamento de riscos:

  • Cargas sólidas;
  • Cargas líquidas;
  • Cargas gasosas.

E as formas de acondicionamento?

Quanto à maneira como as cargas podem ser acondicionadas, existem:

  • Tambores metálicos;
  • Caixas de madeira, plásticas ou papelão;
  • Containers para produtos sólidos, líquidos ou gasosos;
  • Containers pressurizados ou climatizados;
  • Pallets metálicos;
  • Carga a granel disposta no meio de transporte;
  • Bags ou outros meios de contenção para cargas a granel;
  • Cargas sem embalagem.

Como se garantir contra todos esses riscos?

Uma maneira eficaz de se garantir contra acidentes e incidentes durante a movimentação de sua carga é terceirizando esse serviço. Já existem boas empresas que realizam as etapas logísticas com segurança e responsabilidade.

Dessa forma, o dono/gestor da frota evita prejuízos, pode respirar aliviado e reduzir suas preocupações, focando mais em seu core business e na elaboração de estratégias para desenvolver seu negócio.

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